sábado, 28 de julho de 2018

Moendas e Fusos | Cidade Arte


Cidade Arte


“O que a arte exprime, claramente, é como uma ponte entre dois mistérios, o que vive profundamente na alma do artista e o que vem depois da obra de arte e não acaba nunca.”
                               Graça Aranha
                                  A Estética da Vida

Moendas e Fusos | Capítulo X ~ O Azul


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O Azul


“Amo-te e escrevo o teu nome
com tinta azul,
porque o azul
é a cor do infinito
desse amor bonito.”

Francisco Rodrigues do Nascimento
O Azul do Mar

Moendas e Fusos | Capítulo IX ~ Re - Canto


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Re - Canto


“Longe, muito longe
Dos rios de sangue
Dos botões do nosso possível fim
Em paz tarde da noite
Sem medo
Sentado no banco da praça
É assim que te amo e amando vou
Esperantinópolis – Meu Amor”.

Edézio Monteiro
Canto de Amor

Moendas e Fusos | Capítulo VIII ~ Êxodo Rural


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Êxodo Rural


“Cada voz uma história,
         Cada história um sofrimento
                  Cada sofrimento uma esperança”.

                                     Sandra Gomes Ibiapino Marinho
                                     Canções de Ninar

Moendas e Fusos | Capítulo VI ~ Início dos Anos Sessenta


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Início dos Anos Sessenta


“Como uma capitania hereditária, um feudo, onde tudo – o crédito bancário, a prioridade de transporte, as sentenças judiciárias, a hospitalização de doentes, as eleições, a destinação de verbas para paróquias, os empregos – dependia da vontade e dos humores do ocupante do poder. Coube ao PSD, caldo de cultura desseneofeudalismo, assegurar-lhe as condições para um longo reinado no Maranhão”.

                                                                          Neiva Moreira
                                                                  O Pilão da Madrugada

Moendas e Fusos | Capítulo VI ~ Inícios dos Anos Sessenta


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Inícios dos Anos Sessenta


“Como uma capitania hereditária, um feudo, onde tudo – o crédito bancário, a prioridade de transporte, as sentenças judiciárias, a hospitalização de doentes, as eleições, a destinação de verbas para paróquias, os empregos – dependia da vontade e dos humores do ocupante do poder. Coube ao PSD, caldo de cultura desseneofeudalismo, assegurar-lhe as condições para um longo reinado no Maranhão”.

                                                                          Neiva Moreira
                                                                  O Pilão da Madrugada

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Moendas e Fusos | Capítulo V ~ O Nome Esperantinópolis


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O Nome Esperantinópolis


“A incontrolável imigração destes últimos anos, determinadas pelas secas do Nordeste, aumentou consideravelmente a demografia desta zona do Mearim e levou     o Governo do Maranhão à constituição do novo Município de Boa Esperança,   trocado este nome pelo de Esperantinópolis e o de vila pelo de cidade”.

Metódio de Nembro, o.f.m.cap.
São José de Grajaú
primeira Prelazia do Maranhão

terça-feira, 24 de julho de 2018

Moendas e Fusos | Capítulo IV ~ Tempo de Guerra


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Tempo de Guerra


“Era a vida a explodir por todas as fendas da cidade
sob
as sombras da guerra:
a gestapo a Wehrmacht a raf a feb a blitzkrieg
catalinas torpedeamentos a quinta-coluna os fascistas os nazistas os comunistas o repórter Esso a discussão na quitanda.”

Ferreira Gullar
Poema Sujo 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Moendas e Fusos | Capítulo III ~ A Revolução de 1930


A Revolução de 1930


“No Maranhão, o movimento revolucionário de 30, com a implantação da República Nova, foi visto pelos que apoiavam sua ideologia como acontecimento que veio ‘salvar’ o Brasil da situação de penúria em que se encontrava.”

Maria Regina Nina Rodrigues
Maranhão, do Europeísmo ao Nacionalismo
Político e Educação

Moendas e Fusos | Capítulo II ~ Moendas


Moendas


“As cisões entre os grupos dominantes revelavam também o esclerosamento de um sistema político que se baseava formalmente em uma contradição entre o regionalismo e o presidencialismo,(...) quase sempre manifestada sob a forma de violentas lutas.”

Ananias Alves Martins
Barricadas no Palácio dos Leões
O Golpe de 1922 no Maranhão  

sábado, 21 de julho de 2018

Moendas e Fusos | Capítulo I ~ A Lancha e o Rio


A Lancha e o Rio



“No trecho de São Luís a Barra do Corda,
                                   nas retas e curvas do Mearim.”

           Galeno Edgar Brandes
      Barra do Corda
    na História do Maranhão

                              “Rio Mearim, se alcanças as marés,(...)
                               Sou a cascata pingente na serra,
                               Tu me ensinaste o quanto somos água.”
Elizeu Lima Nascimento
           Rio Mearim

terça-feira, 26 de junho de 2018

História de Esperantinópolis: Moendas e Fusos


O Nome Esperantinópolis

“A incontrolável imigração destes últimos anos, determinadas pelas secas do Nordeste, aumentou consideravelmente a demografia desta zona do Mearim e levou     o Governo do Maranhão à constituição do novo Município de Boa Esperança,   trocado este nome pelo de Esperantinópolis e o de vila pelo de cidade”.

Metódio de Nembro, o.f.m.cap.
São José de Grajaú
primeira Prelazia do Maranhão

sábado, 23 de junho de 2018

Raimundo Corrêa em "QUATETÊ"



4 POEMAS DE RAIMUNDO CARNEIRO CORRÊA

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Raimundo Carneiro Corrêa (Esperantinópolis/MA, 7 de julho de 1940). Professor (aposentado), escritor/poeta brasileiro. Militante cultural na área do Médio Mearim. É o autor de Notas históricas de Esperantinópolis (Opúsculo, 1970); Noite dos palmeirais (Contos,1973); Trincheira do azul (Crônicas, 1989); As vaias da galera (Romance contemplado pelo Plano Editorial SIOGE/ SECMA, 1994); Abril (Crônicas, 2010); Mandinga, (Romance, 2013); Moendas e fusos(Memórias, 2014). ‎[Seleção dos poemas para a QUATETÊ —  Ana Neres Pessoa Lima Gois]



GARI

Ó Gari, como compões
meu dia de cidadão
e com a vassoura fazes
a pureza rua espaço
dos meus voos liberdade!

Escrevo-te esta carta!
Eu sou bem-aventurado
Por contar contigo, o homem
E a mulher, és muitos!
Que varrem minha cidade!
Como os talos da vassoura…
Total sem ti não daria!
Oh Garis do Mundo! Pássaros!
Varreis céus dos nossos sonhos!


BALAIO

Fascinante vida
Sonho.
Ao teu convívio vou
porque me carece ter
Imaginação,
Tinta, pena, papel,
consciência.
Amor
poder
palavra
que escreve
as cartas de alforria
que levantam braços,
cabeças;
Movem danças
da noite de alegria.
Roda verde terra maranhense.

Porque se tem de caminhar,
tutelar o sonho
que se aquilombou
a tecer balaios.

Lutas, escuras, letras
– ajuntadas pedras –
fortaleza de punhos,
povo com o poder de olhar,
Ler, escrever,
combater,
tecer
a poesia da palmeira
que existe por amar,
ensinar,
compreender
tal Cosme Bento das Chagas,
ao
cordializar
Ensino livro ação
Canto bem-te-vi
Libertação.


A LÍNGUA DO BOI

A língua do boi se diz
De sorriso amor e graça!
Como ajunta a gente em festa
Por ser povo, não ser massa!

Contemplando a mocidade
sacudida aos maracás,
que morenas mais faceiras,
rapaziada a sonhar!

Nas toadas nossas danças,
a gente chega na glória,
a vida fica mais festa
vem co’o Boi a nossa história!

No carreiro do sertão,
solo e solta imensidão!


CAFUA

Muito longe, além do mar…
Quem que a noite aprisionar
e apagou o sol na cafua
do humano mercado? Cravos
de navio negreiro, cruz
de uma América calvário?!
Mas a noite se fez dança
de um Boi d’estrela na testa,
sinal do amor encanto
d’el-rei Dom Sebastião!
Tom toada, a vez do povo!
Canto amor da liberdade!
Moçambique, Congo, Angola!…
Pátria amor d’infinda roda!

 

PUBLICADO POR CARVALHO JUNIOR

Professor, autor dos livros de poemas "Dança dos dísticos" (2014) e "No alto da ladeira de pedra" (2017), ambos pela Editora Patuá.

sábado, 26 de maio de 2018

O SILÊNCIO DOS SINOS


        
Foi criada a Diocese de Bacabal, com a posse de seu primeiro Bispo Dom Pascásio Rettller, a 1º de novembro de 1968.
A proximidade da Paróquia de Esperantinópolis com a sede a nova Diocese fez com que se desmembrasse da Diocese de Grajaú, de atuação dos padres capuchinhos, dando-nos uma nova jurisdição eclesiástica.
Foi o motivo de suas despedidas de Esperantinópolis, de freis e de irmãs, deixando espaço à ação pastoral da nova Diocese.
Após vinte anos de trabalhos, deixaram os capuchinhos um belo conjunto de construções que não foram preservados. Em nome de uma ocupação comercial, o quarteirão onde era o convento dos frades, foi todo demolido e loteado, ficando somente o ambulatório médico que deu para ser o início do atual Hospital Municipal Santa Marta.
Do Educandário das irmãs, ficou um pouco, mas descaracterizado de sua construção primitiva, onde está o conjunto constituído pela formosa, monumental igreja matriz, a casa paroquial e o que se chama atualmente de igreja velha e o salão paroquial.
Sinais, de um amor que nos trouxe muito quando se mais precisava e nada se tinha, dos italianos capuchinhos que chegaram e acenderam uma lâmpada de bênçãos que não cessam de acontecer.
Bênçãos igualmente as que nos trouxeram crentes de outras denominações cristãs evangélicas, da Assembleia de Deus, da Igreja Batista, da Igreja Adventista, da Igreja Cristã do Brasil, das Testemunhas de Jeová, integradas na construção da cidade feliz, pois, com o trabalho amor feito pregação e vida dia-a-dia.
Registro, portanto, minha cristã alegria que me faz aceitar, bendizer a todas as igrejas de minha cidade.
Mas, como católico, registro também a minha saudade das músicas dos sinos que tangiam por nós os braços franciscanos, sinos de nossas infâncias, ausências não mais preenchidas.

Que Deus abençoe Esperantinópolis



É assim Esperantinópolis-MA!









Padre Jorge de Esperantinópolis

*Postagem publicada na página oficial em 15 de março de 2018, e não 2017 como consta na imagem.

Carta de Professor - Raimundo Carneiro Corrêa


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ONDE CANTA A POESIA


ONDE CANTA A POESIA

a Ana Neres Goes, idealizadora
e organizadora do projeto “Ano Poético”

“... importante quecada povo tenham
 sua própria poesia ” (TSElliot – A Essência da Poesia)

O rio que passa,
dá o nome ao lugar
do olhar de seu povo...
Rio a remos, risos,
dia a dia aldeia...
Oh! Líquida página,
pauta escrita ao sonho
de um taempo poema,
de agora, Setembro!

Do amor que se arrisca,
transcende, se pinta
e conquista enlaços.
Traços mestissagens,
se fundem etnias,
poesiar de um ano!
Dum ponto tinteiro
do mergulho azul
ao emergir-se glória
página e-mail,
clique à tecla ao mundo
sorriso de lá
palavra de cá...
E assim se entretece
o novo do a-mar
d’Aldeia Poética!

Polígrafos Mestres
com iniciantes
em comunidade
CORDIS coração
forma d’um colar,
em contas das cores
do algodão de auroras
liberdade vida!

Sons, ritmos, sotaques,
estilos! Diálogos
removem trincheiras!
E as musas suscitam
sol de identidades,
linguagem d’um rio
em comtemporâneo
tecer fios líricos
e épicos dos ventos
num canto palmar!

Partilha solfejos!
Pifres e violinos,
o mundo poesia
d’heranças d’ “O Guesa”,
herói de Sousândrade!
Sotaques “Timbiras”
de Gonçalves Dias!
Pós-moderna “Safra” em
Bandeira Tribuzi!

E o nosso! Do mês!
Viva “Ano Poético”,
um mês de poesia!
Em roda leitura,
um livro a ser mais
arado que solo!
Desafio arado!
À força que em mim
se guarda, me guarda!
Oh! Creio! Me jogo!
Sou vida, me dou,
vou arar, suar!
Na busca palavra...
Oh! Quantas me dão!
Ao meu cultivar!
O que ... São memórias,
meu épico ver
do arado a lição
sulcos redondilhas,
de ainda a caneta
usar, meu plantio
nas pautas meu campo
de azul, novo asul
meu sonho, meu riso
de estar beira ao rio
tinteiro corrente!
Escrevo, partilho
da Aldeia a Cano
meu vou às estrelas!

30 de setembro de 2017
Raimundo Carneiro Correa